
Desde que você apareceu na minha vida pacífica e confusa, procurei me convencer todos os dias de que não gostava de você. Não gosto, não gosto, não gosto! E você acha que adiantou? Até hoje, quando mais me esforço para não pensar em você, mais penso. Meu coração passou a me sabotar, fazendo com que meu sentimento puro não se transformasse, em momento nenhum, em ódio. Enquanto eu lembrava do quanto chorei e me machuquei, ele tratava de mostrar o seu rosto nos meus sonhos. Como se qualquer dor pudesse ser esquecida ou ignorada quando está ao meu lado. Acredita que ainda penso nisso de vez em quando? Imagino coisas que podem acontecer e sorrio como se você fosse aparecer daqui a 5 minutos na porta da minha casa, com uma caixa de bis branco. É, pode rir agora. Curioso como não podemos (ou não evitamos) controlar esse tipo de pensamento doentio, não é?
Agora é raro. Quase não penso mais em você, quase nem sinto mais você dentro de mim como antes. E sabe o que é engraçado? Mesmo assim, ainda não consigo ser indiferente. Eu ando, sorrio mas no final do dia, dou um valor incrivelmente absurdo a solidão. Faço questão de me encher de outras prioridades e esperar o dia de amanhã resolver todos os meus pequenos medos que já nem me incomodam mais. E eu poderia passar horas falando sobre você sem, ao menos, mover um músculo, mas tremo com a possibilidade de te ver por aí em outros braços ou em algum sorriso conhecido. Me traio todas as vezes que insisto em escrever sobre outros assuntos e acabo escrevendo páginas e mais páginas sobre você. E descubro que não dá pra fugir do que me faz suar frio num piscar de olhos. Vejo que a melhor saída nada mais é do que manter a cabeça cheia e o coração desocupado.
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